Sim, se as crises de hipoglicemia forem severas e freqüentes, afirma o endocrinologista Antônio Carlos Lerário, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Mas, na prática, com as técnicas de controle cada vez mais aprimoradas, essa possibilidade está mais remota.
Antônio Carlos Lerário – “Hipoglicemias severas eventualmente podem provocar sofrimento cerebral, mas não é usual isso acontecer. A hipoglicemia ocorre geralmente quando a glicose no sangue está em nível abaixo dos 60 mg/dl, mas não existe um valor fixo para todos os indivíduos. Os sintomas da hipoglicemia são tremores intensos, taquicardia, convulsões, alterações de comportamento e perda de consciência. Se esse quadro se intensificar, pode levar ao sofrimento cerebral.
Quando o portador de diabetes tem hipoglicemia severa e freqüente, pode acontecer que ele perca a capacidade de perceber os sintomas e essa perda de sensibilidade permite que sua glicemia baixe ainda mais, às vezes até os 20 mg/dl, sem que ele tome providências e, com isso, acabe entrando em coma. O tecido nervoso depende do aporte contínuo de açúcar, precisa ter nutrição constante. Quando a entrada de glicose cai, a célula começa a ter problemas, o tecido nervoso pode sofrer lesões e necrosar.
O nível de glicemia é resultado de um binômio: a dose de insulina e a alimentação. Se a pessoa não come ou faz exercícios, corre maior risco. Outro fator que pode influenciar é a instabilidade emocional, que torna o controle mais difícil.
Evitar a ocorrência de hipoglicemias freqüentes requer uma boa monitorização e ajuste de doses de insulina adequadas à atividade da pessoa. Mesmo quem perdeu a sensibilidade para os sintomas da hipo volta a ter essa percepção quando adota um bom controle. No caso de pessoas com dificuldade de estabilizar sua glicemia por aspectos emocionais, é também aconselhável um acompanhamento psicológico.”
Fonte : Diabetes Nós Cuidamos (PortalDiabetes)
Apareceu um enchaço no meu pé. O que pode ser?
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