LOCAIS PARA APLICAR INSULINA

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domingo, 26 de setembro de 2010

Será que iremos viver cada vez mais? por Dr. Ney Cavalcanti

No século 20, foi o período da história em que houve o maior aumento na sobrevida humana. Nos países desenvolvidos cerca de  30 anos, a maior quantidade de anos vividos, também ocorreu nas nações em desenvolvimento.  
O Brasil   foi um dos recordistas, entre as décadas de 50 e 90. A expectativa de vida dos brasileiros aumentou de 20 anos, nesse período. E como se conseguiu tamanha melhoria  naquele século?  
Nas primeiras décadas os fatores principais foram às evoluções não médicas, melhora na nutrição, no saneamento, na moradia etc. Após a década de 40 a evolução da medicina passou a ser o principal  responsável.  
Novas drogas, vacinas, novos procedimentos, novos recursos diagnósticos e terapêuticos surgiram, em quantidades e velocidades, até então nunca ocorridas.  
Há muito, os países desenvolvidos, aumentam os gastos em saúde mais do que o crescimento de suas economias. Como resultado, a expectativa de  se atingir 65 anos de idade em um país desenvolvido, no inicio do século, era em torno de 40%. 
Nos dias atuais mais do que dobrou, ( 81%). Este grande aumento no número de  anos vividos irá  continuar nas próximas décadas? Muito provavelmente, não.  
Dois são os motivos principais. Em primeiro lugar os custos com a saúde estão atingindo patamares astronômicos, inaceitáveis. Os governos têm muitas outras diferentes obrigações, que não a saúde e que precisam ser cumpridos.  
Educação, estradas, moradias, saneamentos, segurança, são algumas delas. Com tantos gastos na assistência médica, sobra menos recursos do que os necessários para cumprir as outras  atividades, também essenciais.
A própria saúde é prejudicada pelos seus altos custos. Os grandes gastos nesta atividade é uma das justificativas para que mais de 40 milhões de americanos não tenha direito a qualquer tipo de assistência  médica, exceto para emergências.  
Dinheiro despendido para pagar cobertura médica, dos que atualmente são assistidos  é tão grande que não permite universalizar o atendimento. É nesta direção à proposta do presidente Obama.  
Racionalizar os custos, para permitir atender muito mais pessoas. As inovações na medicina, diferentemente de outras atividades, quase nunca produzem menores gastos. Na eletrônica, os televisores e fones celulares, estão cada vez melhores e mais baratos.  
Na medicina, quase sempre ocorre o contrário. Como exemplo as descobertas da tomografia computadorizada e da ressonância magnética foram dois importantes progressos, que permitiram as realizações de diagnósticos mais precoces e  corretos. No entanto, elevaram em muito os  custos.  
As descobertas que causaram redução de gastos são raras, os antibióticos é um dos poucos exemplos. O outro e  tão ou mais difícil obstáculo, para que se aumente  expectativa atual de sobrevida, é que ao contrario de antigamente, o seu aumento deverá ser feito principalmente com os idosos.  
Ora, neste grupo etário não só é muito mais difícil, como muito mais oneroso. Uma das principais causa de morte nessa população é o câncer. Patologia esta, que mata no mundo muito mais do o AIDS a tuberculose e a malaria juntos. E a sua terapêutica é extremamente cara é de uma eficácia muito menor do que seria desejável.

Diante dessas duas grandes dificuldades, uma corrente de cientistas propõe que ao invés de investir maior soma de recursos, na tentativa de aumentar o numero de anos vividos, investir na melhoria da qualidade de vida.
Minimizar as diminuições de funções que a idade acarreta. Destinar mais dinheiro para a pesquisa na prevenção e tratamento dos déficits, da memória, da visão, da audição, da movimentação, da atividade sexual etc. E você o que prefere viver mais ou menos, com melhor qualidade de vida.

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