LOCAIS PARA APLICAR INSULINA

LOCAIS PARA APLICAR INSULINA
LOCAIS PARA APLICAR INSULINA

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Hemoglobina Glicada

os valores normais de referência são:
4,5 6,9% - Pessoas com metabolismo saudável ou diabetes controlada.
7,0 a 8,5% - Tratamento inadequado ou diabetes subclínica, com valor normal de glicose, mas com teste de tolerância alterado.
> 8,5% - Diabetes sem controle.

Bem, fiz esta semana exames de sangue, em breve precisarei fazer tratamento odontológico, no qual me dubmeterei a cirurgias. Os resultados na minha análise (que depois será submetida a análise médica) foram muito bons: Hemoglobina Glicada = 5,3%, como já é comum pela manhã em jejum minha glicemia estava em 41,00 mg/dl - não fiz pós-prandial, no Hemograma todos os resultados dentro dos valores de referência normais, outro importantíssimo pra quem vai se submeter a cirúrgia, o Coagulograma, resultado 8.600/mm3 (referência= 4.000 a 11.000).

Sou usuário de insulina NPH, e é muito comum ter hipoglicemias, durante todo o dia, mais comum pela manhã em jejum, diante disso não posso achar que meu controle está realmente satisfatório, só uma análise médica pra termos certeza, o que farei em breve.

Mas aconselho a todos diabéticos realizarem o exame de Hemoglobina Glicada, se possível a cada 3 meses.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Saiba o que diabéticos podem comer e o que devem evitar

Não é fácil a vida dos diabéticos. Cheia de privações, sua dieta alimentar precisa ser leve, pobre em açúcares e rica em fibras.
Para quem sofre da doença, ficar longe de doces ultracalóricos é difícil, mas importantíssimo para controlar as taxas glicêmicas no organismo.
Mas o controle não termina aí, alerta Flávia Bulgarelli, mestre em nutrição pela Escola Paulista de Medicina e integrante da Casa Movimento.
Trocar alimentos que levam farinha branca por produtos à base de farinha integral é outra dica importante para os diabéticos. O mesmo vale para o arroz: o ideal é manter distância do tipo refinado.

- Eles devem ainda evitar sal e alimentos ricos em gorduras trans e saturada, pois elas elevam o colesterol, aumentando as complicações. Isso significa que frituras e carnes gordas não devem fazer parte do cardápio. O mesmo vale para sorvetes de massa, bolos prontos e biscoitos recheados.

Tirar o sal das receitas é difícil, mas não impossível. A saída é investir em temperos naturais, como alho, cebola, salsa, orégano, açafrão e outras especiarias.

Já as verduras, os legumes e os cereais, ricos em fibras, ajudam a minimizar o impacto de substâncias que, no corpo humano, acabam tendo um efeito nocivo, afirma Flávia.

- As fibras, principalmente do tipo solúvel, promovem a redução da absorção de glicose pelo sangue.

No time dos aliados dos diabéticos, estão ainda os peixes ricos em gorduras do tipo ômega (como o salmão, a sardinha, o atum, a cavalinha e o brasileiríssimo pintado).

Entre os óleos mais indicados, estão os de canola e de linhaça, que, segundo a nutricionista, “auxiliam na prevenção do desenvolvimento da resistência à insulina”. Além disso, beneficiam o funcionamento do sistema cardiovascular e do cérebro.

Manter uma rotina regular de exercícios físicos é outro passo fundamental para conviver com o diabetes sem drama, afirma Natalia Lautherbach, pós-graduanda em nutrição clínica e integrante da rede Mundo Verde.
-  O mesmo vale para o acompanhamento médico constante.

Alimentos ou remédios? 
Segundo Flávia, atualmente, a ciência tem encontrado em alimentos como a chicória, a banana [ainda verde] e a batata do tipo yacon [nativa da região andina] verdadeiros remédios no controle das taxas de açúcar sanguíneo.
– Uma das possíveis explicações [no caso da yacon] seria a quantidade de fruto-oligossacarídeos, conhecidos como FOS, que se transformam em uma espécie de gel ao serem ingeridos. Uma vez no intestino, essa substância é capaz de retardar a absorção de glicose.

Doce veneno 
Muita gente costuma achar que o mel está liberado. Trata-se de um engano. Faz tão mal quanto açúcar. Doce, só se for dietético, sempre feito com adoçante (aquele específico para preparo de receitas culinárias).
À mesa, é bom trocar o tipo de produto usado para adoçar principalmente sucos, cafés e outras bebidas a cada três meses.

Quando bater aquela vontade de comer doce, o ideal é optar por uma fruta. Em porções reduzidas, todas estão liberadas, já que são fontes de fibras. Mas, em excesso, podem aumentar a taxa glicêmica.

Grelhadas, assadas ou fervidas com canela, maçãs, bananas e peras se tornam sobremesas bastante saborosas.
Substitua o sorvete de massa por geladinho dietético.

Fonte: PortalDiabetes

Diabetes Descontrolado afeta cabelos

Cabelo não é só moldura para o rosto. Conforme seu estado, ele serve, também, para indicar a quantas anda a saúde de uma pessoa. Um exemplo é o que pode acontecer com quem está com seu diabetes mal controlado. Segundo o dermatologista João Carlos Lopes Simão, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP), a glicemia alterada pode provocar queda de fios e alterações no couro cabeludo.
"O conjunto de alterações metabólicas que o diabético pode vivenciar quando está mal controlado influencia na concentração de fios sujeitos a queda", afirma o especialista.
Simão explica que o cabelo cresce durante dois anos, depois fica de quatro a seis meses em repouso para, em seguida, cair. A maioria dos fios está na fase de crescimento e apenas cerca de 10% na fase de queda. A alteração no metabolismo interfere nessa percentagem, aumentando a quantidade em queda.
"A situação pode ser revertida simplesmente atingindo bom controle", ensina Simão, acrescentando que o importante é que o paciente diabético adote alimentação equilibrada que garanta o aporte necessário de proteínas e vitaminas ao organismo, para permitir saúde também a seus cabelos.
"Para o organismo, cabelos e unhas são anexos e, por isso, quando falta algum nutriente, o corpo prioriza estruturas mais nobres, como o cérebro, e deixa de fornecer nutrientes para os cabelos e as unhas", explica o dermatologista.
Outro conselho do especialista é utilizar shampoo apropriado a cada tipo de cabelo e, de quebra, um bom condicionador com hidrolisado de proteínas, aminoácidos ou queratina, que auxiliam no controle da quebra de fios, condição que aparece em função de enfraquecimento ou da falta de cuidados apropriados após tratamentos químicos, como o da tintura e do alisamento, por exemplo.
Outros problemas comuns que atingem mais frequentemente o couro cabeludo dos diabéticos são a dermatite seborréica e a foliculite, pois o diabético está mais sujeito à proliferação de bactérias e fungos no couro cabeludo. Nesses casos, o indicado é usar shampoos antisseborréicos e antibacterianos. Em casos mais graves, é necessário o uso de medicamentos tópicos ou por via oral.

Fonte : Diabetes Nós Cuidamos

terça-feira, 16 de novembro de 2010

O Fantasma da hipoglicemia na vida dos diabéticos

De repente, quando menos se espera, durante o passeio no parque, as compras no supermercado ou a ginástica da academia  o mal estar aparece. Pode ser sutil como uma sensação de fome súbita, uma dor de cabeça leve, uma certa irritabilidade.  Mas pode nos surpreender pela agressividade dos sintomas como fadiga, tremores, tonturas, palpitações, sudorese intensa, visão embaçada ou dupla, dormência nos lábios, desorientação, mudança de comportamento, podendo chegar à convulsão e o coma. Estamos diante de um quadro de hipoglicemia com todas as suas possibilidades de complicações. Considera-se hipoglicemia os níveis de glicose abaixo de 70mg/dL.
A hipoglicemia pode ocorrer nas seguintes condições:
(1)        Atividade física além do normal
(2)        Redução do volume, atraso  ou falta de uma refeição
(3)        Vômitos ou diarréia
(4)        Consumo de bebidas alcoólicas
(5)        Uso de insulina ou medicamentos orais em doses maiores que as necessárias.
Para a maioria das crianças diabéticas e seus pais, a hipoglicemia noturna é a complicação aguda mais temida. As necessidades de insulina durante o sono não são constantes. Isso propicia quedas glicêmicas perigosas entre 2 e 4 horas da madrugada que podem passar despercebidas, devido ao próprio sono e à uma natural elevação da glicemia pela manhã.
O mais importante seria a prevenção de episódios hipoglicêmicos.  Quanto mais rigorosamente for tratado um paciente com diabetes, maior a probabilidade de ele vir a ter algum quadro de hipoglicemia. Pacientes com glicemias elevadas geralmente não têm esses episódios. Isso não deve ser levado em conta para se justificar uma glicemia basal elevada, pois sabemos que é possível deixar o paciente bem controlado e sem hipoglicemias. Essa será sempre a nossa meta.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Dia Mundial do Diabetes - Exceto em Caruaru!

Caruaru, é centro comercial, maior cidade do interior pernambucano, tem vice governador (secretário de saúde) caruaruense, deputado federal caruaruense, vários deputados estaduais caruaruenses, mas pra esses políticos e esse governo municipal diabéticos e demais usuários do sistema de saúde pública não existem. Como pode uma cidade como a nossa, com 300 mil habitantes deixar passar uma data como essa, nesse último domingo (14/11) foi o Dia Mundial do Diabetes, e ações pelo mundo todo aconteceram, principalmente ações educativas e preventivas, menos em Caruaru, talvez esse município não faça parte do mundo mesmo. Calculamos que em Caruaru haja mais de 15.000 portadores de diabetes, muitos nem sabem disso, e lógico uma campanha de prevenção simples evitaria que muitos só fossem atendidos pelo sistema de saúde quando estão muito debilitados e necessitando muitas vezes de internação. As dificuldades no tratamento são enormes, muitas vezes faltando medicamento básico pro tratamento, como acontece corriqueiramente na farmácia da secretaria de saúde. Além disso, a dificuldade em marcar uma consulta médica é outro desastre, existe um 0800-81 2586, pra marcar consulta, mas “nossos atendentes estão todos ocupados” é a frase que você ouve sempre, independente do horário.
Tentei por quase 2 meses marcar uma reunião com a secretária de saúde do município, com o intuito de criarmos alguma campanha preventiva do diabetes, a ser realizada na semana do Dia Mundial do Diabetes, mas até hoje aguardo por essa reunião, segundo informações do gabinete da secretaria de saúde, a seretária não disponibilizou sua agenda pra isso, o que seria muito bom se a secretária estivesse, nesse período que não tem brexa na agenda pra uma reunião, trabalhando pela saúde, o que não acredito. Mas acredito que nos últimos meses ela encontrou uma brexinha pra fazer campanha política...

Queridos amigos, teria muito mais a falar, mas tenho que trabalhar, juntar um dinheirinho pra me consultar com algum médico particular, no momento tô precisando me consultar com Endocrinologista (mas é necessário marcar uma consulta –IMPOSSÍVEL - com um Clínico pra pegar um “encaminhamento”) e Cardiologista, além de tratamento Odontológico (esse sei que nunca vou conseguir, pois fui informado pela secretaria que só pode ser marcado pelo 0800TODOSOCUPADOS).



  • Atividades Pelo Dia Mundial do Diabetes em Recife

    No dia 19 de novembro, haverá campanha no Centro Municipal de Hipertensão, Oftalmologia e Diabetes Senador José Ermírio de Moraes (Av. 17 de Agosto, 388 - Casa Forte), em Recife (PE).O evento tem a coordenação do Dr. Sílvio Paffer. Confira a programação.

    • 7h - Atividades com o grupo do Projeto Bom Dia - Academia da Cidade - Caminhada, Alongamento e Café da Manhã Saudável
    • 8h - Palestra "Diabetes X Coração: Da Educação Para a Prevenção" - Palestrante: Dr. Sílvio Paffer
    Atividades em Petrolina

  • No dia 18 de novembro, a ESF Ponta da Serra, localizada na zona rural do município de Petrolina (PE) promove um evento sobre o Dia Mundial do Diabetes para toda a comunidade. Haverá serviços como cálculo de IMC, testes de glicemia capilar, testes de colesterol, orientações com profissionais de nutrição, cardiologista, educador físico.

    Campanha em Vitória de Santo Antão
    De 8 a 12 de novembro, a  Companhia Alcoolquímica Nacional irá desenvolver várias atividades pelo Dia Mundial do Diabetes, como teste de glicemia, palestras e orientação alimentar, ginástica laboral, orientação psicológica, assistência social, terapia ocupacional, aferição de pressão arterial e IMC.
    As atividades serão coordenadas pelo departamento de Recursos Humanos e supervisionada pelo setor de Medicina do Trabalho da companhia. O evento acontece na sede da empresa  (PE 45, km 14, Engenho Cachoeirinha, S/N, Zona Rural, Vitória de Santo Antão - PE).


  • APDJ Promove Atividades em Recife



  • No dia 21 de novembro, das 8 às 12h, a Associação Pernambucana do Diabético Jovem - APDJ promoverá atividades pelo Dia Mundial do Diabetes, no Campo de Saúde e Cidadania, no Quartel do Comando da Polícia Militar no Derby, em Recife (PE). Veja a programação:
    • 2º Passeio Ciclístico (Saída do Yázigi Casa Forte)
    • Aferição da taxa de glicose
    • Aferição de pressão
    • Cuidado com os pés
    • Saúde bucal
    • IMC e avaliação nutricional
    • Mova-se (exercícios, danças, jogos e brincadeiras)
    • Partida de futsal entre a Faculdades Maurício de Nassau e Boa Viagem
    • Círculos azuis humanos
    Coordenação : APDJ / Edna Pimentel / Dra. Elcy Falcão
    Parceiros: Yázigi / Polícia Militar de Pernambuco / IBRAD / Secretaria do Governo do Estado de Pernambuco / Secretaria de Saúde do Recife / SESC / Laboratórios Roche, Abbott, Bayer, Sanofi Aventis, BD, Lilly / Faculdade Maurício de Nassau / Faculdade Boa Viagem

    sexta-feira, 12 de novembro de 2010

    Ômega 3 pode ser caminho contra inflamações

    Entrevista com a nutricionista Daniéla Oliveira Magro, da Unicamp

    Já não bastasse toda sua fama de amigo da saúde, o ômega 3 tem grandes chances de conquistar ainda mais a simpatia dos portadores de diabetes. Isso porque os processos inflamatórios são sempre uma dor de cabeça por interferirem na glicemia e porque recentes pesquisas têm demonstrado que essa gordura, comumente encontrada em peixes, inibe as inflamações.
    Atualmente, o combate aos focos infecciosos é feito com medicamentos. A novidade, agora, é que há chances de ser feito também com o uso de suplementos alimentares à base de ômega 3.
    A nutricionista Daniéla Oliveira Magro, do Departamento de Clínica Médica da Disciplina de Moléstias Infecciosas da Unicamp, conta que o ômega 3 já é bastante indicado na redução do risco de câncer de próstata, mama e colorretal. "O ômega 3, entre outras coisas, inibe a formação de eicosanóides pró-inflamatórios, originando mediadores lipídicos com potente ação anti-inflamatória", explica a especialista.
    O suplemento é empregado também para quem tem triglicérides em níveis altos e diminui sintomas em doenças crônicas inflamatórias. Além disso, no diabetes, o uso de ômega 3 pode melhorar a sensibilidade periférica à insulina. Mas Daniéla adverte que a dosagem deve ser estabelecida por médico ou nutricionista
    Os estudos científicos ainda não estabeleceram as dosagens adequadas de ômega 3 no combate a processos inflamatórios. As pesquisas continuam promissoras e, recentemente, uma equipe da San Diego School of Medicine, nos Estados Unidos, comprovou sua ação na inibição da resposta inflamatória, alimentando a expectativa de que a substância em breve possa ser utilizada com esse objetivo por obesos e diabéticos.

    terça-feira, 9 de novembro de 2010

    Diabetes tipo 1 se manifesta ainda na infância, mas se for bem controlado não impede que o jovem alcance seus objetivos

    Nesta quarta-feira, a banda americana Jonas Brothers vai a Porto Alegre para realizar um show de sua atual turnê. Quem vê o desempenho do grupo, sem acompanhar de perto o farto noticiário sobre os três irmãos, desconhece que um deles, Nick Jonas, possui diabetes tipo 1. Ele foi diagnosticado quando tinha 13 anos, atualmente ele tem 18. Apesar disso, a doença nunca foi um fator limitante para o desempenho do rapaz nos palcos, pelo contrário.

    Adepto de hábitos saudáveis, Nick mostra a toda uma geração de crianças e adolescentes que também enfrentam o problema que é possível ter uma vida normal, apesar do diagnóstico.

    O coordenador da Clínica de Endocrinologia e Metabologia do Hospital Universitário São José, de Belo Horizonte, em Minas Gerais, Levimar Rocha Araújo, explica que o diabetes tipo 1 se manifesta ainda na infância, mas se for bem controlado não impede que o jovem alcance seus objetivos. De modo geral, os casos de diabetes têm crescido 3% ao ano entre crianças e adolescentes. Atualmente, a doença atinge 250 milhões de pessoas no mundo.

    Leia o Artigo Completo em: PortalDiabetes

    sexta-feira, 5 de novembro de 2010

    11 coisas que você ainda não sabe sobre o diabetes

    O diabete se aproveita da desinformação para se alastrar. Mas SAÚDE! quebra o silêncio e revela as estratégias para não deixá-la tomar conta da sua vida

    por THEO RUPRECHT

    O canadense Frederick Banting (1891–1941), vencedor do Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina de 1923 por ser um dos descobridores da insulina, nasceu em um 14 de novembro. Seu trabalho foi tão importante para quem sofre com altas doses de açúcar no sangue que hoje a data é reservada para o Dia Mundial do Diabete. Nela, lançam-se campanhas para informar a população sobre essa ameaça à saúde. No entanto, a julgar pelos dados recentes, muitos outros dias deveriam ser marcados no calendário para discutir o transtorno.

    Ao redor do globo, 285 milhões de pessoas são diabéticas, sendo que 12 milhões delas estão no nosso país — 15% dos brasileiros padecem do problema. “E o pior é que apenas metade dessa gente sabe disso”, ressalta Carlos Eduardo Barra Couri, endocrinologista da Universidade de São Paulo, a USP, em Ribeirão Preto. Um dos motivos para esse desconhecimento tem a ver com o fato de o distúrbio geralmente ser silencioso. Ou seja, na maioria dos casos, seus estragos só serão sentidos muitos anos depois de a doença ter se instalado.

    Mas, verdade seja dita, há carência de informações para o público. Foi por esse motivo que SAÚDE! resolveu recorrer a um time de especialistas para explicar o que há de mais importante e novo sobre o tema. Muita gente nem desconfia que pequenas mudanças no dia a dia fazem uma grande diferença quando o assunto é diabete. “Pesquisas indicam que pessoas sob risco de ter esse distúrbio diminuem em cerca de 60% a probabilidade de desenvolvê-lo ao modificarem seus hábitos”, relata o endocrinologista Jairo Hidal, vice-presidente do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

    1. O diabete tipo 2 não tem só a ver com maus hábitos
    A doença se manifesta de duas formas. O chamado tipo 1 está relacionado à incapacidade do pâncreas de produzir um hormônio, a insulina, que tem a missão de botar a glicose para dentro das células. Essa deficiência costuma ser causada pelas próprias defesas do organismo. Já no diabético do tipo 2 — que representa 90% dos casos —, as membranas celulares resistem à entrada do açúcar, exigindo uma maior produção de insulina. Aí o pâncreas se sobrecarrega e, após um tempo, entra em colapso. Esse quadro é provocado na maioria das vezes pela dupla obesidade e sedentarismo, que tem tudo a ver com maus hábitos. Daí a pergunta: será que o tipo 2 tem um fator genético menos preponderante? Nada disso. “Cerca de 50% dos pacientes com a segunda modalidade do mal têm um histórico familiar marcante. Essa incidência diminui para 30% no tipo 1”, diz Couri. Ou seja, a tendência genética pesa até mais no tipo 2.
    2. Ele causa cegueira, amputações… Já é sabido que a doença está por trás de perda de visão ou amputações não traumáticas — isto é, as que não ocorrem em razão de um acidente. Mas aqui vem a novidade: ela é a principal causa desses infortúnios no mundo. Nos olhos, o excesso de glicose prejudica a passagem de sangue pelos capilares da retina. Com isso, a região fica desnutrida. Os membros, principalmente os inferiores, também são afetados pela falta de irrigação. Também acabam sendo acometidos por uma perda de sensibilidade. Assim, um pequeno ferimento que passa despercebido pode tomar grandes proporções. “Os dois problemas, no entanto, só acontecem quando o mal está completamente fora de controle”, ressalta Hidal.

    3. ...e enfraquece os ossos
    Os diabéticos têm uma ligeira tendência a ficar com o esqueleto frágil. “Quando há descontrole na doença, observamos uma diminuição da chegada de cálcio aos ossos”, relata o endocrinologista Sérgio Dib, diretor do Centro de Diabete da Universidade Federal de São Paulo. Os médicos não sabem bem o porquê, mas acredita-se que a deficiência de insulina esteja envolvida nesse fenômeno. Afinal, esse hormônio participa da construção de vários tecidos do corpo, como os músculos e, claro, a ossatura.

    4. Põe em risco a gravidez e os recém-nascidos
    Todas as gestantes precisam estar atentas a esse item, incluindo as não diabéticas. Isso porque, nessa etapa da vida, há uma tendência natural para que as taxas de açúcar no sangue subam. Quando o aumento é significativo, ocorre o diabete gestacional, um transtorno que eleva a probabilidade de um parto prematuro. “Como recebe um grande aporte de glicose através do cordão umbilical, o feto passa a produzir insulina demais”, aponta César Pereira Lima, obstetra da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. E daí? Daí que, assim que nasce, o bebê, geralmente maior do que a média, continua cheio de insulina. Resultado: hipoglicemia, ou seja, os níveis de açúcar no sangue despencam. “O jeito é controlar de perto a gravidez, aplicando a versão sintética do hormônio sempre que necessário. Já o bebê será avaliado e tratado para normalizar a atividade do pâncreas”, indica Lima.

    5. O tipo 2 é cada vez mais comum na moçada
    Muitos acham que o tipo 2 está restrito aos mais maduros — tanto assim que já foi chamado de senil — e que só o tipo 1 daria as caras desde a infância. Isso não é verdade. Devido à má alimentação e ao sedentarismo, o tipo 2 também vem sendo flagrado em crianças. “Já diagnostiquei o problema em pacientes com 10 anos”, exemplifica, preocupado, Carlos Eduardo Barra Couri. É por essas e por outras que os médicos suplicam aos pais para estimular seus filhos a praticar exercícios físicos e a comer de maneira equilibrada. Essa combinação de atitudes saudáveis ajuda a evitar a obesidade, um dos principais desencadeadores do mal na infância.
    6. Está ligado a doenças neurodegenerativas
    “O diabete é considerado um grande fator de risco para demências em geral”, arremata, logo de cara, Sonia Brucki, neurologista da Academia Brasileira de Neurologia, em São Paulo. Essa encrenca, quando descontrolada, compromete os vasos que irrigam o cérebro. Isso deixa os neurônios sem combustível para operar normalmente. E, como um carro, eles eventualmente param de trabalhar. Em outras palavras, a massa cinzenta perde, aos poucos, sua capacidade de armazenar e transmitir informações. Pensa que é pouco? Pois saiba que essa doença também financia derrames, que podem culminar em perdas motoras e cognitivas. Na reportagem da página 70, você verá como atenuar essas consequências por meio da prática esportiva.

    7. A gordura também é culpada
    Fato: quem não conhece a fundo o tema desta reportagem vê o açúcar como único vilão da história. Mas a gordura também está no banco dos réus, sobretudo no caso do diabete tipo 2. “Ela deve ser ingerida sem exageros”, adverte a nutricionista Gisele Goveia, da Sociedade Brasileira de Diabetes. É que o excedente gorduroso vai parar no abdômen. Surge, aos poucos, a famosa barriga de chope, que, além de ser um atentado contra a estética, passa a produzir substâncias perigosas para quem se tornou ou corre o risco de se tornar refém desse estorvo. “Essas moléculas agem nos receptores das células, dificultando a ação da insulina”, esclarece Sérgio Dib.

    8. Não é motivo para proibições radicais à mesa
    Preste atenção no que a nutricionista Gisele Goveia diz: “A lista do permitido e do proibido não existe”. As frutas, por exemplo, possuem um tipo de açúcar chamado frutose. Mesmo assim, não devem ser banidas do cardápio. Pelo contrário. Como qualquer outro indivíduo, o diabético deve manter uma alimentação balanceada, com opções variadas no prato. “Se ele respeitar o limite de ingestão de carboidratos, que deve ser estabelecido por um profissional, pode se dar ao luxo de comer até um doce de vez em quando”, informa Gisele.

    9. Também se manifesta em quem é magro
    Não pense que vamos falar dos que têm diabete do tipo 1. Afinal, é bastante conhecido que essa variação do problema não surge por causa dos quilos extras. Diferentemente dela, no tipo 2 a obesidade é um componente central. Mas mesmo o pessoal com a barriga sequinha ainda deve ficar esperto. “Já vi muita gente que come mal e não engorda. A alimentação desbalanceada é, por si só, um risco”, analisa Couri. Outra coisa a levar em consideração são os esportes. Pessoas magras podem desenvolver o distúrbio só por serem sedentárias.

    10. É potencializado quando se dorme mal
    Na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, uma pesquisa quentíssima mostra, em ratos, que a apneia contribui para catapultar as taxas de açúcar. “Reduzimos o nível de oxigênio dos animais durante o sono, assim como acontece com os seres humanos que roncam”, explica o pneumologista Denis Martinez, orientador do estudo e coordenador do Laboratório Interdisciplinar de Pesquisa em Sono da UFRGS. “Depois de 21 dias, eles estavam com a glicemia bem alta”, revela. A relação entre diabete e sono, no entanto, vai além. Dormir pouco já representa um perigo. Isso porque o corpo vai precisar de energia adicional para enfrentar a jornada. Assim, quem não repousa direito à noite acaba apelando para bombas calóricas cheias de açúcar e gorduras ao longo do dia. “Fora que, quando dormimos mal, o organismo produz mais cortisol, o hormônio do estresse, para nos mantermos acordados. E isso agrava o diabete”, conclui Martinez.

    11. Muito além da glicemia
    É vital manter os níveis de açúcar sob rédeas curtas. Os médicos pedem, pelo menos a cada três meses, exames para ver suas taxas. “Medimos o índice em jejum e duas horas após a ingestão de um copo com 75 gramas de glicose”, conta Couri. “E fazemos o teste de hemoglobina glicada, que nos acusa se o paciente controlou direito a doença por meio da análise dos glóbulos vermelhos.” Mas, como o diabete está ligado a turbulências no coração — 80% das suas vítimas morrem de problemas cardiovasculares —, ele deve ser acompanhado. O LDL, a versão ruim do colesterol, que fomenta os entupimentos arteriais, precisa estar abaixo dos 70 mg/dL. A pressão e os triglicérides também têm que se manter dentro dos conformes.
    INSULINA PARA O ALZHEIMER?
    Um estudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro sugere que a reposição desse hormônio, fundamental para muitos diabéticos, ajuda quem luta contra esse blecaute cerebral. Ao menos em cobaias, os remédios potencializadores da insulina combateram a substância beta-amiloide, uma das responsáveis pelo assassinato de neurônios. “Fora isso, quando há insulina no cérebro, a glicose entra mais fácil nas células, melhorando a atividade neuronal”, acrescenta Sonia.

    FALSO MAGRO

    Tem gente que está dentro do limite de peso mas exibe uma barriga proeminente. E, diversamente do que esses indivíduos podem imaginar, isso já é motivo para fi car de olho nos índices de glicose no sangue. Essa gordura de sobra armazenada no ventre arrasa os receptores de açúcar das células. Hoje, magro saudável é quem possui a circunferência abdominal dentro dos limites — menos de 90 centímetros para homens e 80 para mulheres.

    DIAGNÓSTICO PRECOCE
    Essa é a melhor maneira de combater o diabete. E, para isso, basta ficar atento aos tópicos desta lista: sedentarismo, hipertensão, taxas de colesterol ou triglicérides altas, ovário policístico, obesidade, histórico familiar. Se você se encaixa em algum deles, está mais propenso a essa baita chateação. Por isso, é imprescindível consultar um médico para receber as orientações adequadas. Outro ponto que merece atenção é a idade. A Associação Americana de Diabetes recomenda a indivíduos acima de 45 anos que, mesmo sem apresentar nenhum dos fatores descritos acima, façam exames para medir a glicose pelo menos a cada três anos.

    Estratégias para conviver com o diabete sem drama


    ACEITE A DOENÇA


    Esse é o primeiro passo para seguir as recomendações dos especialistas e viver na normalidade. “O diabético precisa identificar seus projetos de longo prazo. Se ele controlar o distúrbio, poderá realizá-los numa boa”, sugere Eleonora Ferreira, psicóloga da Universidade Federal do Pará, em Belém.

    INFORME-SE

    Quando recebe o diagnóstico da doença, a pessoa geralmente se desespera. Fica com medo, entre outras coisas, de nunca mais poder saborear seus pratos favoritos. “Para evitar isso, só buscando informação de qualidade sobre o diabete”, diz Eleonora. Ou seja, fale com seu médico e até pesquise na literatura científica para desmitificar temores infundados.

    ALIMENTE-SE BEM

    Desde que se respeite o limite de carboidratos prescrito por uma nutricionista, não há segredos. “Basta controlar a porção dos alimentos”, diz Gisele Goveia. Outra coisa: aposte em vegetais e comidas ricas em fibras, que retardam a absorção de açúcar. Com isso, ele cai devagarinho na circulação, facilitando o trabalho da insulina.

    EXERCITE-SE REGULARMENTE

    “Pratique atividade física aeróbica por cerca de 45 minutos, de três a quatro vezes por semana”, prescreve Sérgio Dib. Os exercícios diminuem a resistência à insulina.

    MONITORE O ÍNDICE DE GLICOSE

    Há um aparelho que mede esses níveis em qualquer lugar — em casa, no trabalho ou na escola. Ele custa cerca de 150 reais e ajuda, e muito, a controlar a glicemia.

    NUNCA DEIXE DE TOMAR OS MEDICAMENTOS

    Quem verifica a necessidade de algum remédio é o médico. Portanto, só ele pode mudar as dosagens ou suspendê-las. Também respeite os horários certos para tomá-los. Assim, o diabete fi ca quieto, sem incomodá-lo.

    CONTROLE O COLESTEROL

    “Consigo prevenir com maior eficácia um infarto em diabéticos reduzindo os níveis de LDL do que ao diminuir a glicose no sangue”, garante Jairo Hidal. Para alcançar esse feito, os médicos receitam estatinas, drogas capazes de baixar as taxas dessa gordura maléfica.

    Uma questão de estética

    Como já dissemos, o diabete tipo 1 compromete o pâncreas a ponto de esse órgão deixar de funcionar corretamente. Nessa situação, a saída é se valer de injeções de insulina, porque só assim não haverá excesso de glicose rondando as veias e as artérias. Mas esse hormônio também desempenha um papel na estocagem de gordura no corpo. Apavorados diante da perspectiva de engordarem, alguns diabéticos cientes desse fato deixam de tomá-lo. Mas o endocrinologista Carlos Eduardo Barra Couri, da USP de Ribeirão Preto, coloca os pingos nos seus devidos is: “O problema, aí, está principalmente na má alimentação e no sedentarismo. Não na insulina em si”.
    Fonte :  Revista Saúde - http://saude.abril.com.br/edicoes/0329/medicina/11-coisas-voce-ainda-nao-sabe-diabete-605372.shtml?pag=1  - PortalDiabetes

    terça-feira, 2 de novembro de 2010

    Grãos integrais: a tendência é incluí-los em todas as refeições do dia

    Que alimentação e qualidade de vida andam juntas, ninguém dúvida. Mas há pontos que podem fazer muita diferença na hora de se escolher um alimento. Um deles é a ingestão de grãos integrais. Por não passar por nenhum tipo de refinamento, eles preservam nutrientes importantes como fibras, vitaminas e minerais.
    O consumo dos grãos integrais é uma maneira simples de aumentar a ingestão de vitaminas e minerais que desempenham importantes funções no organismo, como vitaminas do complexo B, vitamina E, zinco, magnésio, cromo e selênio.
    O grão integral é composto por três camadas: o farelo (casca) – normalmente perdido no processo de refinação; o endosperma, que corresponde a 80% do grão integral e está presente na maioria dos pães (fonte de carboidratos, proteína e vitaminas do complexo B); e o gérmen, camada interna altamente nutritiva, rica em minerais, vitaminas do complexo B, ácidos graxos e antioxidantes. Com a retirada da casca e do gérmen, perde-se cerca de 25% da proteína do grão junto com importantes nutrientes.
    Pesquisas científicas mostram que o consumo desse tipo de grão, como parte de uma dieta balanceada, além de contribuir com um peso adequado e bom funcionamento do intestino, pode ajudar a reduzir os riscos de doenças como diabetes tipo 2, por exemplo.
    O consumo diário de cereais integrais além de previnir o câncer e o diabetes, faz com que as células de gordura localizadas no abdômen murchem reduzindo a circunferência da barriga. E a questão vai além da estética. A gordura abdominal deve ser eliminada porque aumenta o risco para desenvolver doenças cardiovasculares.
    Aveia, milho, trigo, arroz, centeio e cevada esse é um grupo de cascas-grossas. Por serem duros na quebra, seus invólucros protegem nutrientes e outras substâncias cada vez mais valorizadas pelos estudiosos da dieta como ferramenta de prevenção. Por isso, a tendência é incluí-los em todas as refeições do dia.
    Mas cuidado. É fundamental que esses cereais integrais sejam ingeridos acompanhados de bons goles de água ou de outras bebidas. Sem líquidos, as fibras dificultam o trânsito intestinal.

    Fonte: Susana Lago - PortalDiabetes