Não é fácil a vida dos diabéticos. Cheia de privações, sua dieta alimentar precisa ser leve, pobre em açúcares e rica em fibras.
Para quem sofre da doença, ficar longe de doces ultracalóricos é difícil, mas importantíssimo para controlar as taxas glicêmicas no organismo.
Mas o controle não termina aí, alerta Flávia Bulgarelli, mestre em nutrição pela Escola Paulista de Medicina e integrante da Casa Movimento.
Trocar alimentos que levam farinha branca por produtos à base de farinha integral é outra dica importante para os diabéticos. O mesmo vale para o arroz: o ideal é manter distância do tipo refinado.
- Eles devem ainda evitar sal e alimentos ricos em gorduras trans e saturada, pois elas elevam o colesterol, aumentando as complicações. Isso significa que frituras e carnes gordas não devem fazer parte do cardápio. O mesmo vale para sorvetes de massa, bolos prontos e biscoitos recheados.
Tirar o sal das receitas é difícil, mas não impossível. A saída é investir em temperos naturais, como alho, cebola, salsa, orégano, açafrão e outras especiarias.
Já as verduras, os legumes e os cereais, ricos em fibras, ajudam a minimizar o impacto de substâncias que, no corpo humano, acabam tendo um efeito nocivo, afirma Flávia.
- As fibras, principalmente do tipo solúvel, promovem a redução da absorção de glicose pelo sangue.
No time dos aliados dos diabéticos, estão ainda os peixes ricos em gorduras do tipo ômega (como o salmão, a sardinha, o atum, a cavalinha e o brasileiríssimo pintado).
Entre os óleos mais indicados, estão os de canola e de linhaça, que, segundo a nutricionista, “auxiliam na prevenção do desenvolvimento da resistência à insulina”. Além disso, beneficiam o funcionamento do sistema cardiovascular e do cérebro.
Manter uma rotina regular de exercícios físicos é outro passo fundamental para conviver com o diabetes sem drama, afirma Natalia Lautherbach, pós-graduanda em nutrição clínica e integrante da rede Mundo Verde.
- O mesmo vale para o acompanhamento médico constante.
Alimentos ou remédios?
Segundo Flávia, atualmente, a ciência tem encontrado em alimentos como a chicória, a banana [ainda verde] e a batata do tipo yacon [nativa da região andina] verdadeiros remédios no controle das taxas de açúcar sanguíneo.
– Uma das possíveis explicações [no caso da yacon] seria a quantidade de fruto-oligossacarídeos, conhecidos como FOS, que se transformam em uma espécie de gel ao serem ingeridos. Uma vez no intestino, essa substância é capaz de retardar a absorção de glicose.
Doce veneno
Muita gente costuma achar que o mel está liberado. Trata-se de um engano. Faz tão mal quanto açúcar. Doce, só se for dietético, sempre feito com adoçante (aquele específico para preparo de receitas culinárias).
À mesa, é bom trocar o tipo de produto usado para adoçar principalmente sucos, cafés e outras bebidas a cada três meses.
Quando bater aquela vontade de comer doce, o ideal é optar por uma fruta. Em porções reduzidas, todas estão liberadas, já que são fontes de fibras. Mas, em excesso, podem aumentar a taxa glicêmica.
Grelhadas, assadas ou fervidas com canela, maçãs, bananas e peras se tornam sobremesas bastante saborosas.
Substitua o sorvete de massa por geladinho dietético.
Fonte: PortalDiabetes
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